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Crise aumenta a fraude nos transportes públicos, embora não haja registos oficiais

carrisA fraude nos transportes públicos não pode ser medida de forma fiável, mas quer a Carris, quer o Metro acreditam que, em Lisboa, a tendência é de subida. Sem dinheiro, cada vez haverá mais pessoas a utilizar os transportes públicos sem pagar bilhete.

A fraude nos transportes públicos não pode ser medida com registos fiáveis, pelo que as contas fazem-se pelo número de infracções detetadas. Nos primeiros cinco meses deste ano, a taxa de fraude subiu 0,58 por cento nos meios da Carris, situando-se nos 4,93 por cento.

A tendência será de “poder continuar a existir algum acréscimo de fraude, prevendo-se que não seja ultrapassada uma taxa de fraude detetada média anual de cinco por cento”, de acordo com uma nota enviada pela empresa à Lusa. Segundo as contas do secretário-geral, Luís Vale, a esses cinco por cento correspondem cerca de 850 mil passageiros por mês e uma receita média de 400 mil euros.

“No que respeita ao número de pessoas que utilizam o Metro sem adquirirem bilhete ou passe, não possuímos elementos que nos permitam aferir o número exato de pessoas transportadas sem título válido. No entanto, admitimos que haja um aumento face a 2011”, complementa a resposta do Metropolitano de Lisboa, enviada por escrito à mesma agência.

Em cinco meses, a empresa já levantou 8616 autos, quase tantos como as multas registadas durante todo o ano passado: 8816. Números bem acima dos registados em 2010, que foram de 6780. Ambas as empresas admitem uma subida de incidentes no resto deste ano, pois sem dinheiro (muitas vezes, nem para comida ou medicamentos chega) haverá muito mais gente a utilizar os transportes públicos sem pagar bilhete.

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