Nas Notícias

Café pode diminuir riscos do cancro de pele mais comum e menos agressivo

cafePesquisa associa o consumo de café à redução de riscos de desenvolvimento do carcinoma basocelular, o tipo de cancro de pele mais comum. A investigação da Universidade de Harvard, nos EUA, liderada por Jiali Han, durou mais de 20 anos e analisou quase 113 mi pessoas. O trabalho mereceu honras de publicação na Cancer Research.

A prestigiada revista especializada em estudos de cancro dá destaque a este trabalho da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, que cria um paralelo entre o consumo de café e a redução dos riscos de padecer de carcinoma basocelular, um dos tipos de cancros de pele que, sendo o menos agressivo, é o mais comum.

Com o título ‘Increased Caffeine Intake Is Associated with Reduced Risk of Basal Cell Carcinoma of the Skin’ [Aumento do Consumo de Cafeína Associado a Risco Reduzido de Carcinoma Basocelular], o trabalho contou com a participação de 112 897 pessoas.

A principal conclusão resume-se ao seguinte: quanto maior é o consumo de café ou bebidas com cafeína, menores são as probabilidades de padecer daquele tipo de cancro de pele, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. De fora desta conclusão fica o café sem cafeína, que parece não produzir o efeito benéfico.

O líder da equipa de investigação que levou a cabo este trabalho, Jiali Han, salienta, no entanto, que a pesquisa não representa qualquer conselho para que se aumente o consumo de café. Os dados do estudo, por si só, são insuficientes para que se adote o café como fator de prevenção daquele tipo de cancro de pele.

A pesquisa norte-americana nota, no entanto, que o carcinoma basocelular é o tipo de cancro com maior número de casos nos EUA. Nesse sentido, segundo Jiali Han, “em virtude do grande número de novos casos, uma mudança na dieta que tenha efeitos protetores pode ter um impacto positivo na saúde”.

Nesta pesquisa, dos 112 897 participantes, 22 786 desenvolveram o carcinoma basocelular, ao longo de mais de duas décadas (período durante o qual foram acompanhados). As pessoas que não desenvolveram este tipo de cancro de pele tinham em comum o facto de consumirem de forma recorrente.

“Segundo sugerem os resultados deste estudo, o café com cafeína assume-se como responsável pela redução nos riscos de carcinoma basocelular”, adianta Jiali Han. Esta conclusão está de acordo com outras pesquisas realizadas, que mostraram que “a cafeína tem o efeito benéfico de travar o desenvolvimento de tumores na pele”.

Uma investigação recente, também realizada nos EUA, por cientistas da Escola de Farmacologia Ernest Mario, de Nova Jérsia, demonstrou que o hábito de tomar café aliado à prática do desporto evita o cancro da pele.

As pesquisas com ratos concluíram que a cafeína e os exercícios físicos reduziram para 62 por cento o risco de aparecimento de tumores nos animais propensos a cancro da pele. Enquanto nos ratos tratados contra o cancro os tumores diminuíram 85 por cento.

Por outro lado, noutro nível de estudo, a cafeína, novamente em conjugação com os exercícios físicos, contribuiu também para a diminuição em 63 por cento do peso dos ratos alimentados com comida gordurosa.

Outras pesquisas indicam outros benefícios do café na saúde, uns associados ao desenvolvimento de cancro, outros associados à depressão.

 

Em destaque

Subir