Uma paquistanesa que ia defender o marido em tribunal foi cercada por familiares, incluindo o pai, e apedrejada até à morte. Farzana Iqbal, que estava grávida, cometera o ‘crime de honra’ de casar com um homem contra a vontade da família. O caso ocorreu em frente a um tribunal.
O ‘crime’ de Farzana Iqbal, de 25 anos, foi ter casado com um homem contra a vontade da família, no Paquistão. A pena para tamanho ‘crime de honra’ é a pena de morte: vários familiares, incluindo o próprio pai e dois irmãos, apedrejaram a jovem até à morte
O ato bárbaro foi cometido com o conhecimento de que Farzana Iqbal estava grávida de três meses.
A lapidação teve lugar mesmo em frente a um tribunal, na cidade de Lahore: é que a vítima ia defender o marido, que tinha sido acusado pelos familiares da mulher de a ter raptado.
Os familiares, cerca de 20, cercaram Farzana Iqbal enquanto esta aguardava pela abertura do tribunal. Um antigo noivo, escolhido pela família, foi ‘convidado’ a participar.
O grupo atacou a mulher com pedars e tijolos, levando a vítima a cair inanimada. Apesar de transportada para o hospital, não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a agência Reuters, o pai de Farzana foi o único agressor a ser detido pelas autoridades.
Umer Cheema, da polícia de Lahore, o pai terá justificado a ‘sentença’ com o ‘crime de honra’ cometido pela filha, que recusou casar-se com um primo como estava combinado.
De acordo com a Aurat Foundation, uma organização de defesa dos direitos humanos, por ano há cerca de mil mortes por ‘crimes de honra’ no Paquistão.
A estimativa é feita por baixo, uma vez que se baseia apenas nos casos que se tornam do conhecimento público.