Num jantar em Loures, António Costa, secretário-geral do PS, recusou o caminho trilhado pela maioria e defendeu que não podemos regressa aos “piores momentos do cavaquismo”, de “insensibilidade” social e “vergonha”. Costa disse ainda que PSD e CDS nada aprenderam com o passado.
Durante um jantar que assinalava os 40 anos da secção de Loures do PS, António Costa foi duro para com a maioria PSD-CDS, mas também não foi meigo para com Cavaco Silva.
O secretário-geral socialista acusou o Governo de retrocesso, de voltar “piores momentos do cavaquismo”.
“O resultado destes quatro anos foi o fracasso nas finanças públicas e o falhanço na economia. Nós andámos uma década para trás na produção de riqueza. Andámos duas décadas para trás na pobreza. Andámos três décadas para trás no investimento e andámos cinco décadas para trás em matéria de emigração”, começou por dizer António Costa.
Para o secretário-geral do PS, a maioria está a conduzir o país à pobreza, liderando um Governo de “insensibilidade social”.
“Não podemos voltar 20 anos atrás e àqueles piores momentos do cavaquismo, em que com toda a insensibilidade nós chegávamos ao Prior Velho e víamos a vergonha que era a Quinta do Mocho, aqueles prédios abandonados com famílias pobres”, afirmou Costa.
“Esta direita não só não aprendeu nada nestes quatro anos, como não aprendeu nada nestes 20 anos”, acusa António Costa.
Passos Coelho e Paulo Portas “olham hoje para o país e para as pessoas com o mesmo desprezo e a mesma insensibilidade como olhava nos tempos do cavaquismo”, reiterou.
António Costa garante um caminho diferente: “Não aceitamos” este rumo, “porque nós não voltamos para trás”, concluiu.
