Mouraz Lopes, presidente da Associação Sindical de Juízes, considera que os processos mediáticos sem condenação podem ter prejudicado a perceção de corrupção em Portugal, aos olhos da Transparency International, que coloca Portugal no 33.º posto, numa lista de 176 países.

Portugal está no 33.º posto ranking da transparência da Transparency International, que avalia a corrupção de 176 países. Esta classificação surge como ferramenta para que os países e instituições combatam a corrupção.

Em declarações à TSF, Mouraz Lopes, presidente da Associação Sindical de Juízes, considera que o facto de não ter havido qualquer condenação em alguns processos mediáticos contribui para agravar a perceção da corrupção em Portugal.

“Contribuem fortemente para essa perceção, assim como a prescrição dos crimes. Esta situação preocupa-nos e era bom que não acontecesse”, revela Mouraz Lopes à TSF.

Portugal tem 63 valores numa classificação que tem como nota máxima 100 pontos. Quanto maior for essa classificação, menos corrupto o país é considerado. A classificação da Transparency International foi tornada pública nesta quarta-feira.

Em comparação com a classificação do ano passado, Portugal piora o seu desempenho, caindo uma posição. Já Espanha conseguiu combater a corrupção está mais perto do topo dos países menos corruptos.

Analisando apenas os países da União Europeia, Portugal surge num 15.º lugar, classificação negativa, sendo que realidade pior apresentam sobretudo os países de leste e do sul da Europa. Esta posição de Portugal é considerada dramática.

No topo da tabela estão Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, considerados os países mais limpos de corrupção do mundo. No extremo oposto estão Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, considerados os países mais corruptos. A Grécia é visto como o país com pior classificação, de todos os que compõem a União Europeia. Piorando a posição do ano passado,Portugal surge no 33.º lugar do ranking de países menos corruptos.