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Conchita, a mulher de barba usada como arma de arremesso político contra a Europa

conchita wurst 1eurovisão conchita wurstConchita Wurst venceu o Eurovisão da Canção 2014, mas o seu triunfo extrapolou as fronteiras artísticas e serviu para que a Rússia disparasse comentários políticos. Alguns dos quais homofóbicos. Conchita é chamada de “aquilo”.

Conchita foi eleita para representar a Áustria no festival da Eurovisão. É travesti, tem corpo de mulher, mas a barba de um homem. A polémica artista – que participou na versão austríaca do Factor-X – prometia dar que falar. E assim foi, sobretudo depois da vitória arrebatadora no festival Eurovisão da Canção, que incomodou os russos.

Não se esperava, no entanto, que esta participação de Conchita Wurst gerasse esta reação política: dura, reiterada e homofóbica.

Através do Twitter, o vice-primeiro-ministro russo usou a vitória da Áustria e de Conchita Wurst para enviar um recado aos ucranianos. Para Dmitri Rogozine, “os defensores da integração europeia já podem saber o que os espera se se unirem à Europa: uma mulher com barbas”.

Por seu turno, Vladimir Jirinovski, um político nacionalista russo, antieuropeísta, considerou que esta vitória da austríaca Conchita representa “o fim da Europa”, onde “não há homens nem mulheres, apenas ‘aquilo’”. “Há 50 anos Libertámos a Áustria há 50 anos. Foi um erro”, acrescentou.

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