Rui Moreira, que assumiu publicamente que tem sido desafiado pelo povo a candidatar-se à Câmara do Porto, não respondeu ao desafio do candidato do PSD, Luís Filipe Menezes, que pediu aos adversários para se assumirem. Rui Rio, o atual presidente, também continua em silêncio.
Nem Rui Moreira, nem Rui Rio quiseram comentar as declarações de Luís Filipe Menezes, que manifestou disponibilidade para se ‘coligar’ com quem o quiser apoiar e exortou os restantes interessados na presidência da Câmara do Porto a se assumirem. Na Igreja dos Clérigos, onde participavam na apresentação do programa das comemorações dos 250 anos da Torre dos Clérigos, nem Rui Moreira, nem Rui Rio responderam diretamente ao autarca de Gaia.
O presidente da Associação Comercial do Porto admitira a 13 de novembro que tem sido desafiado por populares a candidatar-se, ou como independente, ou liderando a lista de um CDS cuja concelhia recusa a coligação com Menezes. Depois de ter dito que “daqui a uns meses se verá” se é candidato, Rui Moreira apenas adiantou, hoje, que será “enriquecedor” se aparecerem várias listas.
Quando questionado se estaria a alimentar um tabu para consolidar uma atitude de candidato, Rui Moreira sorriu e admitiu que “já me dizem isso há muito tempo”, mas realçou que “nunca” irá revelar a decisão “antes de Fevereiro ou Março”.
“É muito cedo”
O presidente da Associação Comercial do Porto voltou a ter a companhia, num ato público, do atual presidente da Câmara. Rui Rio, apesar de pertencer ao mesmo partido, discorda da escolha de Menezes para lhe suceder na Câmara da Porto, mas continua a manter-se em silêncio. “Publicamente não disse nada sobre eleições autárquicas, falta muito tempo. É muito cedo para isso”, respondeu o ainda presidente da Câmara do Porto.
A presença de Rui Moreira e de Rui Rio nos Clérigos coincidiu, no horário, com a apresentação de Ilídio Pinho como presidente da Comissão de Honra da candidatura de Menezes, numa cerimónia em que o candidato do PSD admitiu aceitar “com a maior das boas vontades” qualquer apoio político.
