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“Cinismo sem limites”: Medvedev critica G7 por apoiar a Ucrânia

dmitri medvedevd medvedev“O autointitulado G7 exprimiu-se”, afirmou o primeiro-ministro da Rússia: “é um cinismo sem limites”. Dmitri Medvedev diz não compreender o apoio manifestado a um país, a Ucrânia, onde as forças armadas estão a criar “um problema humanitário” ao não proteger os civis.

A crise na Ucrânia foi hoje comentada pelo lado com menor apoio mediático: a Rússia. Criticados pela maioria da comunidade internacional por uma alegada interferência na soberania ucraniana (através da promoção do separatismo), os russos salientam que são o país que dá a maior resposta ao “problema humanitário” dos refugiados.

A defesa das posições do Kremlin foi assumida pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, o mesmo que ocupou a presidência da Rússia durante o ‘intervalo constitucional’ de Vladimir Putin.

“O autointitulado G7 exprimiu-se após as ações tomadas pelas forças armadas ucraniana contra o seu próprio povo”, afirmou Medveded, referindo-se ao apoio que EUA, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão manifestaram para com as forças armadas ucranianas que combatem, no lesto do país, as milícias rebeldes pró-russas.

“É um cinismo sem limites”, reforçou o primeiro-ministro russo, sustentando a posição do país de que o exército ucraniano está a agir contra o próprio povo. Isto depois do G7 ter declarado o apoio à Ucrânia para “manter as medidas para prosseguir as operações para restaurar a lei e a ordem”.

“As pessoas estão assustadas, com medo, mas autoridades ucranianas não veem aqui um problema humanitário, dizem que não são refugiados. Isto é, claro, uma mentira”, acrescentou Medvedev, aproveitando para elogiar o apoio que a Rússia tem dado a esses refugiados: “a diferença entre as saídas e entrada”, na fronteira de Rostov do Don, “é de cerca de cinco mil por dia”.

O governante repetiu ainda a acusação de que a Ucrânia, com esta “intervenção desproporcionada” no leste do país, está a violar a Convenção de Genebra de 1949 no que respeita à proteção de civis.

“Cerca de quatro mil pessoas já pediram o estatuto de refugiado”, insistiu: “é uma situação sem precedentes”.

Na maioria, descreveu ainda, esses refugiados são crianças e mulheres, que procuram refúgio em várias cidades da Rússia.

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