Ciência

Cientistas descobrem rastros de dinossauros “globalmente incomparáveis”

Por Redação

27 Março 2017 - 13:24

Os paleontólogos das Universidades de Queensland e de James Cook encontraram 21 tipos diferentes de rastros de dinossauros numa zona litoral remota da Austrália, na região de Kimberley, segundo avança a AFP. Uma descoberta “sem precedentes”, que levou aos cientistas a classificar a zona de Parque Jurássico australiano.

O rastro com vestígios de dinossauros foi encontrado debaixo de rochas com mais de 140 milhões de anos. De acordo com os cientistas, esta foi “a descoberta mais diversificada do mundo”.

Steve Salisbury, um dos investigadores, classificou os rastros como “globalmente incomparáveis”.

“É extremamente significante formar o registo primário de dinossauros não voadores na metade ocidental do continente e fornecer o único vislumbre da fauna de dinossauros na Austrália durante a primeira metade do Período Cretáceo Inicial”, afirmou o investigador acrescentando que “entre rastros, a única evidência confirmada é a da existência de Stegosaurs na Austrália. Há ainda alguns dos maiores rastros de dinossauros já gravados”.

No entanto, em 2008, o governo da Austrália Ocidental considerou a região de Kimberley como o melhor local para processar gás natural. A área acabou por ser considerada Herança Nacional em 2011 e o projeto não chegou a se concretizar.

A equipa de cientistas deu início então à investigação e depois de mais de 400 horas fizeram a descoberta histórica.

“Há milhares de rastros à volta de Waldamany. Desses, 150 podem ser atribuídos a 21 tipos de rastros que representam quatro grupos principais de dinossauros. Há cinco tipos diferentes de rastros de dinossauros predadores, pelo menos seis de saurópodes herbívoros de cauda longa, quatro de ornitópodes herbívoros de duas pernas e seis tipos de Escutelossauro”, avançou a equipa de cientistas.

Já em setembro de 2016, um grupo de paleontólogos informou que uma turista tinha descoberto uma pegada de dinossauro, tendo revelado vários rastros “enterrados por décadas”. Sete meses depois, os cientistas encontraram 21 rastros diferentes na zona.