A guerra civil na Síria continua longe do fim apesar dos esforços de Lajdar Brahimi, o mediador indicado pela ONU e pela Liga Árabe. A mais recente sugestão para desbloquear o impasse veio da China, que propõe a criação de “um organismo de transição com ampla representação”.
A recente tentativa da ONU para uma trégua na guerra civil que devasta a Síria, aproveitando um feriado islâmico, falhou (leia mais aqui). Sem que o Conselho de Segurança (CS) chegue a uma decisão que envolva de forma decisiva a comunidade internacional, o mediador da ONU e da Liga Árabe, Lajdar Brahimi, multiplica-se em contactos, estando de momento de visita à China, potência com assento no CS.
E é do ‘império do meio’ que vem a mais recente sugestão para tentar alcançar um cessar-fogo na guerra síria. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, apresentou a Brahimi uma proposta para a criação de um “organismo de transição com ampla representação” das partes envolvidas: regime, forças rebeldes e comunidade internacional.
Com esta ideia, a China acredita que podem ser dados “passos efetivos para um cesar fogo” na Síria que leve ao “fim da violência e dos confrontos armados”, como revelou Hong Lei, o porta-voz do Ministério. A proposta tem ainda a vantagem de poder ser utilizada de “região em região”, uma vez que os conflitos têm-se multiplicado por várias cidades.
