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Cavaco acusa Governo de Sócrates de ocultar de Belém a execução orçamental

cavaco_silva2Cavaco Silva, Presidente da República, acusa José Sócrates, ex-líder do anterior Governo, de “falta de lealdade institucional que ficará na história da Democracia”. O chefe de Estado manifestou esta opinião no prefácio do livro ‘Roteiros VI’ e fala de “surpresa”, quando foi confrontado com o quarto Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC IV). Sócrates teria garantido a Cavaco que a execução orçamental do Governo era “muito positiva” e não informou o Presidente da República das medidas de austeridade que iria aplicar.

Um Presidente da República em exercício fez o mais duro ataque da História da Democracia portuguesa a um ex-primeiro-ministro. Cavaco Silva, no prefácio de um livro, acusa José Sócrates de “deslealdade”, por ocultar de Belém medidas de austeridade que viriam a ser apresentadas ao país, no âmbito do PEC IV.

Segundo escreve Cavaco Silva, José Sócrates não o informou de que iriam ser aplicadas medidas de austeridade adicionais. Pelo contrário, o primeiro-ministro, segundo revela Cavaco, garantira que a execução orçamental decorria da forma prevista, com uma “situação muito positiva”.

Cavaco Silva lamenta que o chefe de Governo não tenha “informado previamente” o Presidente da República da apresentação do PEC às instituições comunitárias. “O anúncio do PEC apanhou-me de surpresa”, escreve o chefe de Estado. José Sócrates “não informou” Cavaco das “medidas de austeridade orçamental”.

Para o chefe de Estado, é “falta de lealdade institucional” vai ficar guardada “na História da Democracia portuguesa”. O livro ‘Roteiros VI’, que assinala o primeiro ano do segundo mandato de Cavaco Silva, foi lançado hoje e promete ficar na história pelo prefácio de Cavaco Silva.

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