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Caso Skripal: “Portugal nunca quebra pontes”, responde Santos Silva

O ministro dos Negócios Estrangeiros respondeu a Paulo Rangel, que criticou a falta de solidariedade portuguesa no caso Skripal. “Portugal nunca quebra pontes”, salientou Santos Silva.

Em causa está a expulsão de diplomatas russos, uma medida adotada pelo Reino Unido na sequência do assassinato do ex-espião russo Sergei Skripal e da filha, por alegado envenenamento com gás neurotóxico.

Mais de metade dos países da União Europeia expulsaram já os diplomatas russos, em solidariedade com os britânicos, tal como fizeram os EUA. No entanto, Portugal “tomou boa nota” dessas decisões, mas não vai expulsar os diplomatas da Rússia.

Ontem à noite, o eurodeputado Paulo Rangel (PSD) criticou este “erro totalmente inexplicável”. Hoje, o Governo respondeu, mesmo que indiretamente, através do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Segundo Santos Silva, Portugal deve manter “a característica capacidade de procurar nunca quebrar pontes”, seja com a Rússia, seja com outros países.

“O instrumento mais importante para reagir à altura da gravidade desta situação é o instrumento multilateral, quer no quadro da União Europeiam quer no quadro da NATO”, continuou o governante, admitindo que “está em curso” um acompanhamento do caso Skripal.

“Nós não ignoramos as nossas responsabilidades face aos nossos aliados, não ignoramos a nossa responsabilidade particular face ao Reino Unido e temos em atenção também o que é que os diferentes Estados-membros vão fazendo”, acrescentou.

No entanto, o ministro recusou qualquer “desalinhamento” com o velho aliado britânico.

“Os EUA e o Reino Unido sabem bem quão confiável é Portugal enquanto aliado”, frisou Santos Silva: “Conhecem também as características da política externa portuguesa e sabem que a sua insistência no quadro multilateral e na ideia de que em nenhuma circunstância se deve perder a esperança de manter formas de comunicação que permitam convencer os interlocutores da vantagem de seguir a lei e o direito os ajuda também a eles”.

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