Cultura

Cascais e Paula Rego assinam hoje acordo de continuidade da Casa das Histórias até 2029

O acordo que garante a continuidade da atividade da Casa das Histórias – Museu Paula Rego até 2029 é assinado hoje entre a Câmara Municipal de Cascais e Nick Willing, filho da artista.

“Este contrato reafirma, afinal, a relação de confiança entre todas as partes, começando deste modo um novo ciclo com energias renovadas e novidades, numa programação que é e será sempre fiel ao universo artístico de Paula Rego”, realçou, em comunicado, esta semana, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

Também a partir de hoje, pintura, gravura, desenhos soltos e cadernos de desenhos inéditos de Paula Rego, bem como a sua mais recente obra tridimensional vão estar patentes numa nova exposição na Casa das Histórias.

A mostra é composta por obras inéditas doadas pela artista à Casa das Histórias, abrangendo mais de 60 anos de produção, anunciou a Fundação D. Luís, que organiza a exposição em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.

Datados de 1953 a 2019, os trabalhos expostos convidam a percorrer o vasto e diversificado universo artístico de Paula Rego, que inclui desenhos soltos, cadernos de desenhos inéditos e a mais recente obra tridimensional da artista, “Orgulho/Pride” (da série “Sete Pecados Mortais”), exibida pela primeira vez em Portugal.

Tridimensional, feita em ‘papier mâché’, com materiais e tecidos vários, a obra representa, em tamanho natural, a rainha consorte de França Marie Antoinette (1755–1793).

Trata-se do resultado de um trabalho de continuidade com as criaturas fantásticas que Paula Rego executou entre 1977 e 1978, período durante o qual criou uma série de bonecos em tecido, representando personagens dos contos populares: “A princesinha grávida”, “O príncipe perfeito”, “A princesa da ervilha”, “As três cabeças de oiro” e “O gato das botas”.

A exposição apresenta ainda uma série de obras e de modelos construídos pela artista, reveladores do seu processo criativo a partir dos anos de 1990.

“É a partir desta década que as histórias que conta começam a ser encenadas no seu estúdio, quer através de modelos vivos, quer através dos modelos que a própria artista modela para interagirem numa complexa cenografia que a artista passa a pintura”, explica a curadora, Catarina Alfaro.

“Paula Rego: desenhar, encenar, pintar” vai estar aberta ao público a partir de sexta-feira, até 24 de maio de 2020.

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