Economia

Carlos Costa e o pós-troika: “Queremos é que não tenhamos a necessidade de ser assistidos”

A acontecer esse “acidente”, Portugal poderá regressar ao passado recente, com os juros da dívida a aumentarem para níveis incomportáveis no mercado secundário. Só “há uma certeza”, acrescentou Carlos Costa: “um país que cumpre um programa de assistência com sucesso não vai ficar dependente de financiamento institucional depois, vai ter de regressar aos mercados”.

É para dar algum “conforto” nesse regresso aos mercados que o país terá de ter disponível – mesmo que não ative – um programa cautelar, explicou: “ninguém nos vai dar esse conforto se não tivermos a certeza que somos disciplinados e a primeira disciplina que nos vão pedir é o cumprimento dos nossos compromissos em matéria de Pacto de Estabilidade e Crescimento”.

“Havendo um compromisso de ajuda também haverá necessariamente uma vontade de acompanhamento superior. Somos nós que necessitaremos do esquema para não o usar”, insistiu.

As explicações do governador do BdP surgem depois do Governo se ter congratulado pelo anunciado “sucesso” no regresso aos mercados, após a colocação de dívidas a cinco ano e a dez anos. Carlos Costa quer esfriar o entusiasmo, pois “uma das condições” para o acesso ao novo mecanismo de compra de dívida pública em mercado secundário do Banco Central Europeu “é o regresso aos mercados em toda a curva”.

“Não é um regresso fortuito, mas contínuo”, destacou.

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