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Cáritas alerta para pobreza que afeta crianças portuguesas em resultado da austeridade

eugenio fonseca caritasUm terço das crianças portuguesas, segundo a Cáritas, vive no limiar da pobreza, como efeito das políticas de austeridade, que estão a provocar um aumento do desemprego e a degradação das condições económicas das famílias.

Um relatório da Cáritas, divulgado nesta quinta-feira, dá conta dos riscos das crianças portuguesas. Um terço vive no limiar da pobreza, como resultado da degradação das condições económicas das famílias.

O mesmo relatório assinala que países como Portugal – que estão sob resgate financeiro de instâncias mundiais – estão a gerar um fenómeno de má alimentação (por dificuldades económicas), que afeta uma geração de crianças e não só.

Por outro lado, o desemprego e poucas oportunidades de trabalho levam os portugueses, segundo a Cáritas, a esmorecer, o que não é positivo para um país que precisa de se erguer de uma crise.

A Cáritas faz uma crítica às políticas seguidas em Portugal, que conduzem ao mal-estar das famílias, cada vez mais perto da pobreza, que afeta um número crescente de crianças.

A organização lança ainda um apelo aos Governos para que analisem os efeitos das suas políticas, em termos sociais, centrando a atenção nas crianças, a médio e longo prazos. A pobreza é a realidade do presente, o desemprego é a perspetiva de futuro. Portugal sairá vítima desta austeridade, segundo a Cáritas.

Esta não é a primeira vez que a Cáritas manifesta preocupação. Recentemente, Eugénio Fonseca, presidente da organização, criticou a “falta de mestria” do Governo em retirar os rendimentos aos ricos.

Eugénio Fonseca considerou que os mais sacrificados são as classes em grande dificuldade e lamenta que o Rendimento Social de Inserção se tenha transformado numa “arma política”.

O dirigente defendeu, em declarações à Lusa, que as políticas de retirar rendimentos àqueles que “já não podem dar mais” – precisamente as famílias em dificuldade – está a provocar um aumento dos pedidos de apoio à Cáritas e a outras organizações que prestam apoio social.

Segundo revela o presidente da instituição, Eugénio Fonseca, a partir de 2011 verificou-se um aumento de pedidos de ajuda à Cáritas. Mais 516 famílias por mês recorreram àquela instituição, naquele ano, o que representa uma média de mais 17 por dia.

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