Economia

BPN: Mira Amaral confirma que BIC deixa para o Estado a “responsabilidade” por “tudo o que é passado”

mira amaralAs despesas com a privatização do BPN são da “responsabilidade” do Estado, assim como “tudo o que é passado” do banco agora detido pelo BIC Portugal, afirmou Mira Amaral, recusando comentar a alegada verba de 100 milhões de euros exigida às Finanças como reembolso.

O presidente do BIC Portugal, Mira Amaral, exige que o Estado assuma toda a “responsabilidade” pelos custos inerentes ao processo de privatização do Banco Português de Negócios (BPN). A afirmação de Mira Amaral, em entrevista à Antena 1, surge no dia em que o Público avança que o banco do grupo luso-angolano estará a exigir ao Estado um pagamento de 100 milhões de euros, mais do dobro do que o próprio BIC pagou pela compra do BPN: 40 milhões de euros.

“Na base do acordo quadro celebrado entre os acionistas do BIC e o governo português, tudo o que é passado do BPN é da responsabilidade do governo e não do Banco BIC”, defendeu Mira Amaral, citado pela Antena1.

Citando fontes ligadas às operações, sem as identificar, o Público adianta que o BIC exige à Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) um reembolso a rondar os 100 milhões de euros, devido às “contingências” decorrentes do acordo de privatização celebrado em março de 2012. A verba é requerida, continua o diário, no âmbito do contrato de execução do BPN que prevê que o BIC Portugal “se responsabilize por liquidar as contingências judiciais (ações instauradas contra o BPN por clientes e trabalhadores), mediante o compromisso de ser reembolsado posteriormente pelo Tesouro”.

“Não confirmo nem comento verbas ou discussões entre nós e as Finanças”, descartou-se Mira Amaral, na entrevista à Antena 1.

Ainda segundo o Público, uma auditoria realizada no ano passado para a Caixa Geral de Depósitos apontava para 600 milhões de euros de responsabilidades pelo BPN. 

Em destaque

Subir