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BE quer Macário Correia fora da Câmara de Faro, PCP diz que permanência no cargo é “inaceitável”

Já o Bloco de Esquerda entende que Macário deveria abandonar o cargo e cumprir a decisão do tribunal, sendo que a Assembleia Municipal de Faro deveria, posteriormente, convocar uma reunião para se ultrapassar a crise política provocada pela perda de mandato.

O BE entende que a persistência em não acatar a decisão judicial são “manobras dilatórias” que “não dignificam” Macário Correi, “como cidadão ou como autarca”. Pelo contrário, salientam os bloquistas, estes “expedientes, não acessíveis ao comum dos cidadãos”, servem apenas para o presidente da Câmara de Faro se “eximir de serem responsabilizado pelos seus atos”.

Mas Macário Correia tem visão totalmente oposta e ontem, em entrevista à RTP, manifestou-se indignado com a sentença que considera ser “incompreensível”, já que “nenhum facto a sustenta”. O autarca de Faro sente-se vítima de uma “perseguição” e pretende que este caso seja esclarecido.

Confrontado com a possibilidade de se recandidatar, nas próximas eleições autárquicas, Macário Correia revelou na RTP que a prioridade será “esclarecer esta decisão do tribunal”. Só depois de fechar este capítulo Macário Correia admite apresentar uma candidatura.

Macário revelou ainda que tem recebido diversas mensagens de solidariedade, de pessoas do PSD e não só, que se manifestam surpreendidas com a sentença de perda de mandato – que resulta de uma violação do Plano Diretor Municipal, sem que Macário Correia tenha retirado benefícios pessoais desse erro administrativo.

O autarca do PSD deixou no ar a ideia de que não avançará com uma candidatura como independente, caso os sociais-democratas avancem com outro candidato. “Não penso nessas palhaçadas”, disse.

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Faro viu o Tribunal Constitucional confirmar a sentença de perda de mandato, decidida pelo Supremo Tribunal Administrativo, num caso em que Macário Correia respondia por violação do Plano Diretor Municipal e do Plano Regional de Ordenamento do Território.

As violações daqueles planos ocorreram em 2006, quando Macário era presidente da Câmara Municipal de Tavira. Depois de condenado, o autarca recorreu para o Constitucional, que indeferiu esse recurso. Agora, pediu uma aclaração do acórdão e recusa-se abandonar o cargo.

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