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Bloco e PCP querem Governo patriótico e políticas de esquerda

Numa altura em que se prepara uma intervenção do FMI em Portugal, os dois partidos reuniram-se, para fazer a apologia de um Governo patriótico, que defenda “políticas de esquerda”. Bloco e PCP unem-se no mesmo ideal e deverão repetir encontros.

Não é uma fusão, uma coligação ou um acordo pré-eleitoral. É tão-só a defesa de políticas de esquerda, contrárias às que se preveem, com a intervenção do FMI, depois das eleições de 5 de junho.

Francisco Louça e Jerónimo de Sousa mantiveram um encontro, de pouco mais de uma hora, de onde saiu uma manifestação de interesse comum: “uma esquerda com força, reerguida, capaz de salvar o país da bancarrota”.

“É necessária uma saída, com uma política capaz de responder à bancarrota. É preciso um Governo de esquerda”, disse Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, logo após o encontro com o líder do PCP, Jerónimo de Sousa.

Louça criticou ainda as políticas que levaram à “queda da economia”, por culpa de um partido que não foi fiel às causas de esquerda. “O país já percebeu que são necessárias alternativas”, disse o bloquista.

Por seu turno, Jerónimo de Sousa lamentou a governação socialista, que não foi mais do que a aplicação de “políticas de direita”, que se prolongam “há 35 anos”. O líder do PCP acha normal que o seu partido se reúna com outros que partilhem princípios e considera que “há necessidade de convergência”.

Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã admitiram que este encontro poderá repetir-se, após as eleições de 5 de junho, das quais resultará um governo que contraria os ideais de ambos.

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