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Bispos não estavam “livres” para rejeitar a extinção de dois feriados religiosos

jose_policarpoOs bispos portugueses só aceitaram o compromisso para a extinção de dois feriados para não “dificultar o trabalho à Santa Sé”. Foi o presidente da Conferência Episcopal, José Policarpo, quem revelou que os bispos não estavam “completamente livres” para se obstarem à abolição dos feriados.

Os bispos portugueses são contra a proposta do Governo para abolir feriados, sobretudo os dois religiosos, e só aceitaram a medida para não abrirem uma ‘guerra’ que envolvesse a Concordata com o Vaticano. Quem o revelou, hoje, foi o próprio presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Policarpo.

“O Governo sabe que o que preferíamos era que não se mexesse nisso”, confessou o cardial patriarca de Lisboa, presente em Fátima, revelando que os bispos não se sentiram “completamente livres” para colocarem obstáculos a essa pretensão do Governo: “nós regemo-nos pela Concordata e, portanto, não estamos completamente livres nessa solução”.

Para não “dificultar o trabalho à Santa Sé na negociação”, que terminou com o compromisso de dividir a meio os quatro feriados a extinguir – dois religiosos e outros tantos civis –, os bispos optaram por não se pronunciar, tanto mais que, segundo José Policarpo, “o melhor era manter tudo na mesma”.

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