O Bloco de Esquerda quer a saída “imediata” da troika e, para acelerar o processo, os deputados compraram um bilhete de avião rumo a Bruxelas. O ingresso foi entregue na sede do FMI em Lisboa após dois anos em que a troika não cumpriu “nenhuma meta” do memorando.
Dois anos depois do memorando que possibilitou o resgate de Portugal, o Bloco de Esquerda deslocou-se à sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa para deixar um bilhete de avião. Os deputados compraram um ingresso só de ida, rumo a Bruxelas, para a saída “imediata” da troika.
“Viemos entregar um bilhete só de ida à troika, que é um bilhete de ida também ao Governo, para dizermos que a solução para o nosso país tem de ser um Governo que assuma o compromisso para com o seu povo. Esse é o principal compromisso e as políticas que põem a finança à frente do país têm de ter os dias contados”, justificou a coordenadora do BE, Catarina Martins.
E quais os motivos que levaram os deputados a por “as malas à porta da troika”? “Dois anos passados de memorando da troika, a nossa economia está a encolher. Nenhuma das metas prometidas foi cumprida: temos um milhão e meio de pessoas de desempregados, foram retirados à economia portuguesa mais de 12 mil milhões de euros, temos o desespero no país e nenhuma solução”, respondeu a coordenadora.
Para que a mensagem não se perdesse, o BE fez uma réplica em tamanho grande do bilhete, que exibiu à porta da sede do FMI em Lisboa, na Avenida da República, e deixaram ainda três malas de viagem.