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Bashar al-Assad não poderá integrar governo de transição da Síria

bashar_al_assad_2O texto proposto para o Governo de transição da Síria não tem uma menção explícita à saída de Bashar al-Assad, mas líder do regime não pode integrar esse executivo. Só com a deposição de Assad o novo Governo terá plenos poderes. Mas o plano está num impasse.

As divergências entre Bashar al-Assad e a oposição tornam inviável a criação de um Governo de plenos poderes para a Síria. Nesse sentido, o líder do regime não poderá integrar esse executivo de transição. A sua saída está nas entrelinhas do texto proposto, tendo em vista a solução naquele país.

Esta foi, aliás, a tese defendida por Laurent Fabius, ministro dos Negócios Estrangeiro da França, que aponta a porta de saída de al-Assad, ainda que o texto não tenha qualquer menção explícita à deposição do ditador sírio.

“A oposição e Bashar al-Assad nunca conseguirão chegar a acordo. Nesse sentido, a saída de Assad é um sinal implícito para este Governo de transição”, realçou Fabius ao canal francês TF1.

A participação de Assad neste processo de transição gerou dúvidas, sendo que algumas potências mundiais como a China e a Rússia levantaram questões sobre a eventual eficácia do plano. Os russos receiam que a proposta não seja eficaz por não impor a deposição do ditador sírio.

Já os EUA têm a mesma visão da França. Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americana, também considera que a saída de Bashar al-Assad é uma condição essencial e que a Síria não tem alternativa.

Já Assad e os seus opositores manifestaram-se contra a participação das duas partes nesse Governo de transição, o que não surpreende. O plano proposto pelas potências mundiais recebeu a rejeição de regime e oposição, que disseram ‘não’ a Kofi Annan, representante da Organização das Nações Unidas, tendo em vista o regresso da paz à Síria.

E neste quadro de divergência, este fim supremo está longe de ser atingido. Entretsanto, continuam as mortes no país.

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