O Barclays irá continuar presente em Portugal. O PT Jornal apurou que a intenção é colocar o setor do retalho à venda, mas mantendo as restantes operações. No entanto, fonte oficial explica, ao PT Jornal, que “o negócio de ‘Retail and Business Banking’” continua “forte” em Portugal, “progredindo no caminho para o crescimento”.

O Barclays anunciou ontem a definição das principais áreas de negócio do grupo e muitos analistas interpretaram uma saída do mercado português, através da venda ou da suspensão das operações.

Com cerca de 1600 funcionários em Portugal, o anúncio de um eventual fim da atividade do Barclays fez surgir de imediato o espectro do desemprego.

Numa explicação ao PT Jornal, uma fonte oficial do Barclays afirmou que a área do retalho continua “forte” em Portugal: “o negócio de ‘Retail and Business Banking’ na Europa (Itália, França, Espanha e Portugal) continua a ser um negócio forte, progredindo no caminho para o crescimento e isso mantém-se inalterado”.

“O foco do banco continua a ser o de servir os seus clientes, bem como construir um banco ‘premier’ forte na Europa e continuará a gerir este negócio tendo em vista esse objetivo”.

Na reestruturação ontem anunciada, o Barclays revelou que pretende agrupar num setor ‘non-core’ todas as áreas de negócio que não sejam “estrategicamente atrativas”.

Nesse setor serão incluídas as operações de retalho na Europa (‘European Retail Banking operations’). Ao que o PT Jornal apurou, o Barclays procura um comprador para a área do retalho em Portugal, mantendo as restantes atividades no país. Caso se concretize a venda da operação de retalho a ameaça de desemprego diminui, como já foi defendido pelos sindicatos do setor.

“Muitos desses negócios são lucrativos e podem ser atrativos para outros donos. Vamos manter uma gestão ativa enquanto exploramos opções para a venda ou uma saída oportuna”, explicou, ontem, o presidente executivo, Anthony Jenkins.