Economia

Bancos lusos temem que saída da Grécia da moeda única provoque fuga de depósitos

eurosA hipótese de a Grécia abandonar a Zona Euro levou os bancos portugueses a definir um plano de contingência, para prevenir uma fuga aos depósitos, de acordo com o Diário Económico. A banca nacional com presença na Grécia quer combater movimentações de capitais para instituições bancárias de países menos expostos à crise.

Após um relatório da Fitch, que aponta os bancos e Portugal, Chipre e Irlanda como os mais vulneráveis a uma possível saída da Grécia da Zona Euro, os bancos portugueses estão a defender-se dessa possibilidade.

O medo de um levantamento em massa dos depósitos bancários, por parte dos clientes, levou os bancos a preparar esse cenário grego, que terá repercussões nas economias mais vulneráveis, entre as quais a portuguesa.

O controlo de movimentos de capitais fará parte do plano delineado, segundo o Diário Económico, uma vez que a Grécia enfrenta uma crise financeira e política, que pode provocar o abandono do projeto europeu de moeda única.

O Diário Económico auscultou a opinião de especialistas, que anteviram os efeitos nos bancos portugueses que a saída da Grécia da Zona Euro poderá provocar. O principal será uma transferência das aplicações financeiras dos clientes bancários. O BCP, por exemplo, que tem sedes naquele país, teme essa situação desde o início da crise.

Santander Totta, BES, CGD e BPI querem segurar os depósitos, para se defenderem de uma saída da Grécia da Zona Euro e das perdas que daí resultem para as instituições bancárias.

Alguns economistas consideram que o atual plano de resgate à Grécia determinará o abandono daquele projeto europeu de moeda única. Nesse sentido, os bancos portugueses podem sofrer efeitos, o que provocará dificuldades acrescidas.

A Grécia está numa situação política e financeira débil, sendo que as próximas eleições serão decisivas, não só para os helénicos, mas como para as economias periféricas, entre as quais a de Portugal.

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