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Banco estatal da Venezuela contorna sanções e emite cartões de crédito sem ligação à Mastercad

O estatal Banco das Forças Armadas Bolivarianas (BanFANB) da Venezuela anunciou que conseguiu restaurar a conexão interbancária e que emitiu os seus próprios cartões de crédito.

O anúncio tem lugar um mês depois de a Mastercard suspender a licença do banco, na sequência de sanções dos Estados Unidos.

“Um mês depois de bloqueados os cartões de crédito do BanFANB, pela empresa norte-americana Mastercard, continuamos em frente, trabalhando e comprometidos com os nossos clientes e o nosso país. Avançando e funcionando a 100 por cento em cada uma das nossas agências”, explica um comunicado.

No documento, divulgado em Caracas, o banco agradece o árduo trabalho da equipa de telecomunicações, ‘marketing’, canais eletrónicos, operações e segurança de informação, para “restaurar a conexão interbancária a 100 por cento” dos cartões de crédito sem o ‘BIN’ (número de identificação) da Mastercard.

“Estamos prontos. Já estão prontos os novos plásticos dos cartões do BanFANB para os nossos clientes. Vamos informar sobre a troca [de cartões velhos pelos novos]. Continuamos vencendo”, refere o comunicado, acompanhado de uma foto dos novos cartões.

Segundo o presidente do banco, Darío Baute, “a defesa dos meios de pagamento é um ato de soberania”, acrescentando: “Não descansaremos para a exercer e a defender”.

A 03 de setembro, a Mastercard notificou os bancos estatais venezuelanos BanFANB e o Banco Agrícola sobre a suspensão dos cartões de crédito como parte das sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela.

A notificação teve por base sanções contra vários organismos venezuelanos anunciadas 05 de agosto pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

Segundo a Mastercard, o Escritório de Controlo de Ativos Financeiros do Departamento do Tesouro dos EUA proibiu aquela entidade de “realizar negócios com alguns governos, em alguns países, com algumas pessoas ou instituições”.

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