A ONU, por intermédio do seu secretário-geral Ban Ki-moon, avisou que o presidente sírio, Bashar al Assad, e a oposição estão limitados de tempo para impedir a violência extrema que no limite se transformará numa guerra civil de grande escala com efeitos catastróficos sobre a Síria e toda a região.
Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas (ONU), não tem dúvidas quanto à iminência de uma guerra civil na Síria e alerta para esse fato. No plenário da Assembleia Geral da ONU,o líder da organização aproveitou para condenar o ataque contra observadores do organismo no sul da Síria e garantiu que a explosão foi dirigida contra a missão das Nações Unidas.
Ban Ki-moon afirma que se “trata de um ataque inaceitável”, reportando-se ao ataque ocorrido em Deraa que, apesar de tudo, não vitimou os observadores, mas causou ferimentos entre as forças de segurança sírias. O diplomata considera “um categórico lembrete dos riscos que a violência aumente ainda mais”.
Os observadores, encarregados de supervisionar o cumprimento do plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, fariam uma visita a Deraa, reduto opositor onde eclodiram os primeiros protestos contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em março de 2011.
Neste momento contam-se 70 observadores militares e 43 civis no terreno, com cinco bases nos arredores de Damasco e alguns analistas desdobrados em Homs, Hama, Idlib, Deraa e Aleppo.
O secretário-geral da ONU lamenta, por seu turno, a pouca vontade de negociação por parte do regime de Assad e a falta de uma voz unida por parte da oposição, tanto em nível interno como externo.
