“Exijo que o governo atue”, diz José Maria Aznar, antigo primeiro-ministro espanhol que defende “o fim do castigo da classe média”. Em entrevista ao canal Antena 3, Aznar defendeu, nesse sentido, uma “reforma fiscal profunda”.
José Maria Aznar, que liderou o governo em Espanha durante os anos de 1996 e 2004, criticou duramente o executivo de Mariano Rajoy, que considera uma subida de impostos como inevitável.
O antigo governante, eleito pelo Partido Popular, aponta no sentido contrário e exigiu, em entrevista à cadeia televisiva Antena 3, uma “descida de impostos imediata”.
Aliás, a política fiscal de Mariano Rajoy foi duramente criticada por José Maria Aznar, que acusou Rajoy de castigar a classe média. “Exijo que o governo atue e que pare com o castigo da classe média”, afirmou Aznar.
Rajoy, eleito pelo mesmo Partido Popular que colocou Aznar no poder, não está, de acordo com o antigo governante, a aplicar o “o mandato eleitoral que foi concedido pelos cidadãos ao Partido Popular”. Assim, resta corrigir o caminho e aplicar uma reforma fiscal “urgente e profunda” que “encoraje a classe média”.
José Maria Aznar recordou Mariano Rajoy que em 1998 o Partido Popular decidiu baixar os impostos. Hoje, mais do que nunca, Espanha necessita de “um horizonte de esperança”, que combata a “resignação” que a conjuntura económica está a semear.
Afastado da vida política, Aznar não afasta um eventual regresso. Questionado sobre esse cenário, foi evasivo. “Nunca me desviei das minhas responsabilidades. Cumprirei as exigências que devo cumprir, perante o meu país”.
