O avião que ontem desapareceu junto ao Sabugal vai ser procurado em terra pela GNR. Os militares vão pesquisar os locais propícios à aterragem da aeronave suspeita de tráfico de droga, tendo rastreado dois locais no concelho do Sabugal e outro no de Almeida.
O avião que escapou ontem à vigilância da Força Aérea Portuguesa vai agora ser procurado, em terra, pela GNR. As autoridades suspeitam que a aeronave terá aterrado junto à fronteira com Espanha, entre os concelhos de Sabugal e Almeida, e a GNR destacou “seis patrulhas, com 12 elementos, para confirmar a eventual existência” do aparelho.
“A GNR encetou ontem diligências, que não deram resultado. Hoje, dentro da missão normal das patrulhas, continuará o patrulhamento em zonas propícias à aterragem deste tipo de aeronave”, precisou fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda, não identificada pela Lusa, acrescentando que a notificação partiu da Força Aérea Portuguesa.
Até ao momento, “foram rastreados dois locais no concelho do Sabugal e um no concelho de Almeida, não tendo sido localizada qualquer aeronave”, segundo a mesma fonte, que referiu ser a “primeira vez que a GNR é alertada para uma situação” destas.
O avião ligeiro, não identificado, entrou pelo Golfo de Cádis na vigilância de um avião militar espanhol, que teve de abandonar a missão por falta de combustível. Como a aeronave seguia para Norte, junto à fronteira, a Força Aérea Portuguesa destacou dois F-16 para a intercepção, às 06h18 de ontem.
De acordo com o tenente-coronel Rui Roque, os caças chegaram a ter contacto visual com o avião ligeiro, até que este desapareceu na zona do Sabugal, a cerca de 10 quilómetros da fronteira. “Os dois F-16 fizeram várias passagens pelo local onde a aeronave deixou de ser avistada, não voltando a localizá-la, e depreenderam que terá aterrado no campo”, complementou o porta-voz da Força Aérea.
Dada a “suspeita de transporte de estupefacientes” e como a missão de defesa do espaço aéreo estava terminada, foi notificada a GNR para proceder às investigações em terra.