Um painel de investigadores consultado pelo New York Times avança com uma nova teoria sobre o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines: a rota do MH370 terá sido alterada no computador de bordo e não manualmente, como pensam as autoridades da Malásia.

Está a ser mais fácil encontrar uma nova teoria do que o avião da Malaysia Airlines desaparecido a 8 de março, com 239 pessoas a bordo. Hoje, o jornal New York Times avança com a teoria de que a rota do voo MH370 terá sido alterada através do computador de bordo.

Após consultar um painel de peritos, o jornal norte-americano concluiu que a rota do Boeing da Malaysia Airlines terá sido alterada a bordo, através do sistema informático, e não manualmente, como pressupõem as autoridades da Malásia.

Comandante ou copiloto?

Esta teoria responsabiliza em grande parte o comandante e/ou o copiloto do avião desaparecido, uma vez que são necessários conhecimentos muito especializados para realizar uma operação tão complexa.

Os peritos consultados pelo jornal acrescentaram que a rota é definida através de um software chamado “flight management system”, podendo a alteração ser realizada antes da partida ou já no ar.

Assim, perde força a teoria de algum ou vários passageiros ter-se apoderado dos comandos do aparelho, alterando manualmente a rota do voo MH370.

A tese do desvio intencional do Boeing 777 surgiu depois das autoridades da Malásia concluírem que o avião desceu aos 5000 pés de altitude (cerca de 1500 metros) para escapar aos radares civis.

Os investigadores acrescentaram, na mesma altura, que todos os sistemas de comunicação do avião da Malaysia Airlines foram deliberadamente desligados.

O Boeing 777-200 da Malaysia Airlines partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, às 0h41 do dia 8 de março, com destino a Pequim, na China, pelas 6h30.

A bordo seguiam 227 passageiros e os 12 membros da tripulação.

O aparelho estava carregado com combustível suficiente para 7,5 horas de voo.