As aves primitivas tinham dois pares de asas, o segundo nas patas, como emulado por alguns tipos de aviões. A tese, defendida por vários paleontólogos, é reforçada pela descoberta de bizarros fósseis na China com penas na zona das patas.
Uma equipa de investigadores da China descobriu, na zona nordeste do país, um conjunto de fósseis com caraterísticas bizarras: são pássaros, de espécies primitivas, que nas patas teriam penas compridas em número suficiente para formar um par de asas. A descoberta reforça uma corrente, defendida por alguns paleontólogos, de que as aves primitivas tinham dois pares de asas.
Xing Xu, o cientista da Universidade de Linyi que coordenou a investigação, não tem dúvidas de que as penas das patas funcionariam como a “asa de trás” de alguns aviões mais antigos. Citado pela revista Science, onde foi publicado o resumo da investigação, Xu considera que o segundo par seria útil para ajudar as aves a planar ou a saltarem entre árvores, tendo perdido a utilidade com o aperfeiçoamento do voo.
