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Aves com dois pares de asas: Paleontólogos da China insistem que as primitivas tinham asas nas patas

O investigador universitário, também famoso como ‘caçador de fósseis’, argumenta ainda que algumas espécies de aves, como as de rapina e até alguns tipos de galinha, possuem penas nas patas. Só que, além das penas serem mais curtas, a própria morfologia das patas se alterou ao longo dos milénios.

Há cada vez mais paleontólogos a considerarem que as aves atuais descendem de um subgrupo de dinossauros, de pequena dimensão e carnívoros. O minidino Microraptor gui, citado frequentemente como exemplo, tinha penas diferentes nas patas de trás, que ajudavam a impulsionar o ‘lançamento’ do voo. Xing Xu integra a corrente dos que pensam que o duplo par de asas deriva já dos dinossauros, recorrendo ao exemplo do Microraptor gui, espécie descoberta há apenas dez anos.

As penas nas patas traseiras – a descoberta mais recente é a quinta que apresenta as mesmas caraterísticas em espécies com 120 milhões de anos – seriam compridas e rígidas, sendo ainda uma adaptação evolutiva dos dinossauros: de quadrúpedes passaram a aves, com as asas das patas a funcionarem inicialmente como estabilizador de voo, sugere o investigador chinês.

As vozes críticas não tardaram a surgir. Kevin Padian, paleontólogo norte-americano da Universidade da Califórnia (EUA), referiu (também à Science) que não há provas científicas de uma relação entre as penas das patas e o voo. Para Padian, um eventual segundo par de asas até poderia prejudicar o voo.

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