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Autarca de Avis “preocupado” com “onda de assaltos” quer reunir com o Governo

O presidente da Câmara de Avis (Portalegre), Nuno Silva, manifestou–se hoje “preocupado” com a “onda de assaltos” que têm ocorrido na aldeia de Benavila, tendo já solicitado uma reunião com o Governo para debater a situação.

“O número de assaltos tem vindo a ser bastante significativo nos últimos tempos, o que, de certa forma, nos tem preocupado imenso”, lamentou o autarca em declarações à agência Lusa.

De acordo com Nuno Silva, o município tem desenvolvido “esforços” junto da GNR no sentido de encontrar soluções para resolver esta situação e já solicitou à secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, uma reunião para debater esta situação.

“Nós temos que ver [com o Governo] o que se pode fazer para que a população do nosso concelho possa viver em segurança. O que acontece é que os assaltos são sucessivos”, sublinhou.

O autarca, que também já abordou esta questão da insegurança com a ministra da Justiça, espera apresentar na reunião que solicitou ao Governo, no dia 03 de março, “algumas sugestões” para resolver este caso.

“Nós já cedemos há alguns anos um terreno para a construção de um novo quartel da GNR, para que possam ter mais efetivos e ajudar nesta situação. Nós disponibilizámos também um espaço em Benavila para que houvesse um posto mais na proximidade e que pudesse dar resposta a este flagelo”, disse.

“Nós vivemos num clima de insegurança, de medo. Os assaltos são consecutivos”, alertou.

A Lusa contactou moradores de Benavila que relatam que vivem diariamente em “sobressalto” e que a aldeia está a “ferro e fogo” com o que se está a passar.

“Antigamente, os roubos ocorriam nas hortas, furtavam produtos hortícolas, mas agora assaltam residências, carros e comércios. Ultimamente tem acontecido com muita frequência, nós até já lhe perdemos o conto”, começou por relatar à Lusa Henriqueta Ilhicas, residente naquela aldeia alentejana.

Leovegilda Ribeiro foi vítima de assalto em setembro, tendo sido furtados da sua residência, “em plena luz do dia”, artigos em ouro, prata e dinheiro.

“E no minimercado onde trabalho, aqui em Benavila, também têm ocorrido furtos. O último foi bastante avultado, houve prateleiras que ficaram mesmo vazias, tive que fazer inventário”, relatou.

De acordo com Leovegilda Ribeiro, a aldeia de Benavila, habitada maioritariamente por idosos, encontra-se nesta altura a “ferro e fogo”, havendo também relatos “diários” de roubos por esticão.

Questionada pela Lusa no dia 29 de março sobre esta matéria, a GNR informou hoje que registou, no primeiro trimestre do ano, “15 ocorrências de crimes contra o património” em Benavila, “mais cinco ocorrências” do que em igual período de 2017.

A GNR garante que está a efetuar diligências no âmbito dos respetivos processos-crime, efetuando ainda ações de patrulhamento preventivo naquela localidade, através da valência territorial, investigação criminal e de intervenção.

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