Jean Claude Juncker, ex-presidente do Eurogrupo, admitiu hoje que a austeridade imposta a Portugal (entre outros, pelo próprio Eurogrupo) é “excessiva”, mas tem de continuar até ao fim do programa acordado com a troika. Mais: necessita do consenso dos parceiros sociais, defendeu.
Jean Claude Juncker, primeiro-ministro do Luxemburgo e antigo presidente do Eurogrupo, proferiu hoje um discurso aparentemente paradoxal. O antigo responsável por parte do resgate da troika (através da representação dos ministros das Finanças da zona euro junto da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu) reconheceu que a austeridade imposta ao país, pela troika, é “excessiva”. Contudo, tem de continuar até que termine o programa acordado com a troika, complementou Juncker.
Aliviar as políticas de austeridade será “uma ideia errada”, reforçou o ex-presidente do Eurogrupo, pois transmitirá uma ideia de menor empenho nos esforços de consolidação orçamental. O que é preciso, defendeu Juncker, é “criatividade” nas políticas de crescimento económico e no combate ao “problema” do desemprego.