Economia

Aumento dos preços da habitação desacelera no segundo trimestre

O aumento dos preços na habitação desacelerou no segundo trimestre deste ano, crescendo 11,2 por cento, contra 12,2 por cento no trimestre anterior, interrompendo um período de cinco trimestres consecutivos de aceleração dos preços, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento de preços entre abril e junho foi ainda maior no caso das habitações existentes, subindo 12,6 por cento, o dobro do crescimento registado nas habitações novas.

Em relação ao trimestre anterior, o índice de preços na habitação (IPHab) aumentou 2,3 por cento, contra 3,7 por cento no primeiro trimestre deste ano, devido sobretudo ao comportamento dos alojamentos existentes, que registaram uma taxa de variação de 2,9 por cento, tendo os alojamentos novos apresentado um aumento de 0,1 por cento.

No segundo trimestre foram transacionadas 45.619 habitações, novo máximo trimestral da série disponível, traduzindo-se num aumento homólogo de 23,7 por cento face ao mesmo período do ano anterior.

As habitações existentes totalizaram 38.880 vendas, mais 24,8 por cento face ao mesmo período do ano passado.

O INE registou 6.739 vendas de alojamentos novos, mais 17,5 por cento em termos homólogos, correspondendo o número de transações desta categoria ao registo mais elevado dos últimos quatro anos e meio.

As habitações transacionadas entre abril e junho totalizaram cerca de 6,2 mil milhões de euros, mais 34,9 por cento face ao mesmo trimestre de 2017, dos quais cinco mil milhões de euros relativos a vendas de habitações existentes.

Comparando com o trimestre anterior, o valor dos alojamentos transacionados aumentou 14,1 por cento, tendo o aumento de 17,5 por cento das vendas nos alojamentos novos superado o dos alojamentos existentes, de 13,3 por cento.

Todas as regiões do continente registaram máximos trimestrais de vendas no segundo trimestre, registando a Área Metropolitana de Lisboa, que concentra 35,8 por cento do total das transações, 16.331 vendas, no valor de 3 mil milhões de euros (48,1 por cento do total).

A região Norte, que representa 29,1 por cento das transações (mil milhões de euros), ultrapassou pela primeira vez as 13 mil transações, registando a região Centro sete mil transações, o Algarve mais de quatro mil e o Alentejo mais de duas mil, no valor de 200 e 700 milhões de euros, respetivamente.

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