O número de padres que pediram dispensa da Igreja, em Portugal, com a finalidade de casar, está a crescer, avança o movimento Associação Fraternitas. Alguns sacerdotes terão mesmo optado por um “corte definitivo com a Igreja”.
“Está a aumentar a aumentar o número de padres que pediram a dispensa. Os números andam acima dos 400” adianta o presidente da Associação Fraternitas, Fernando Félix Pereira, em declarações à agência Lusa.
Já são mais de 400 os padres que, segundo aquela associação, deixaram a Igreja com a finalidade de constituir família, sendo que há sinais que evidenciam um “corte repentino”.
“Temos assistido nos últimos tempos a um fenómeno que nos preocupa, que é o da autodispensa: sacerdotes jovens e outros menos jovens que simplesmente abandonam o ministério e não querem fazer qualquer processo a pedir a dispensa”, esclareceu ainda Fernando Félix Pereira.
Reconhecida pela Conferência Episcopal Portuguesa, a Associação Fraternitas presta apoio a padres que tenham feito o pedido de dispensa do sacerdócio, quer estes tenham intenções de se casar, ou não. E conta já com 115 padres que pediram dispensa.
O presidente daquele movimento é um desses sacerdotes. Fernando Félix Ferreira era padre, mas pediu dispensa há 14 anos, casando, entretanto. Esse processo, adianta a Lusa, demorou cerca de 18 meses.