“Ataque à Academia foi aproveitado para atacar a direção do Sporting”, diz o administrador Rui Caeiro
Rui Caeiro, administrador da SAD do Sporting, reiterou a tese de Bruno de Carvalho sobre o “assalto ao poder” em Alvalade. “O que se passou na Academia foi aproveitado para atacar também o Sporting e a sua direção”, sustentou.
Em entrevista ao Observador, o dirigente leonino, um dos responsáveis pela continuidade do Conselho Diretivo (CD) liderado por Bruno de Carvalho, alegou que as agressões a jogadores, treinadores e funcionários do Sporting, na Academia de Alcochete, vitimaram também a reputação da direção.
“O que se passou na Academia foi repudiado pelos dirigentes e pelo universo do Sporting, mas foi marcante no que se está a viver e gerou dúvidas nas pessoas”, salientou.
“Repudio a forma como esse ataque foi aproveitado para atacar também o Sporting e a sua direção”, afirmou Rui Caeiro.
Vogal para as modalidades e administrador executivo da SAD, o dirigente explicou que o Sporting se encontra a navegar na “tempestade perfeita”.
Na origem está “um conjunto de fatores externos” que se associaram a outros “que saem de dentro do clube”, como listou de seguida.
“Uma grande dose de frustração pela época do futebol; um enquadramento da comunicação social e do que se está a passar que traz temas paralelos à normalidade do clube; e o ataque infame à Academia”.
Três fatores que provocaram “confusão” aos sócios, que depois caem na “precipitação” de atacar a direção de Bruno de Carvalho.
“Muitas vezes, aqueles que acusam o presidente de ser precipitado, precipitam-se. Precipitam-se nos julgamentos, precipitam-se nas atitudes”, acusou.
Rui Caeiro lamentou o “clima de desestabilização” em que o Sporting vive e recuperou os argumentos avançados por Bruno de Carvalho contra a Mesa da Assembleia Geral (MAG), que se encontra demissionária e que o CD substituiu (ilegalmente, segundo a MAG) por uma comissão de transição.
“As eleições não se ganham em canais de TV, ganham-se nas urnas e nas assembleias gerais”, ironizou.