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As últimas afinações para o Rali de Portugal no ‘shakedown’ de Baltar

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O ‘Shakedown’ de Baltar, realizado na manhã desta quinta-.feira, foi a última oportunidade para os pilotos que disputam o Rali de Portugal afinarem as suas máquinas.

Thierry Neuville foi o mais rápido (3m11,3s), mas o mais importante foi acertar os carros para a grande ‘batalha’ que se inicia ao fim do dia, utilizando um pequeno troço de terra situado junto à zona industrial de Paredes.

Foi possível perceber o trabalho que as duplas de piloto/navegador têm, não apenas durante uma especial cronometrada, mas também na mecânica dos seus carros.

Um piloto e um co-piloto do campeonato do mundo há muito deixaram de ter apenas as funções de conduzir um carro de ralis ou de ditar notas. Agora são verdadeiros mecânicos, desmontando proteções de cárter, afinando suspensões, montando e desmontando pneus, tratando das afinações dos mesmos.

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Tudo isto pudemos apreciar quando as equipas aguarvam a sua vez para percorrerem o troço do ‘shakedon’. O oportunidade também para chegar à fala com alguns dos protagonistas da prova.

Sebastien Ogier, sempre muito solícito com os fãs, vai afirmando que prefere “que chova” na prova, dando que vai “a abrir a estrada, e isso aqui em Portugal é uma desvantagem”.

Já Jari-Matti Latvala quer repetir o triunfo do ano passado. “Seria fantástico e uma forma de relançar o meu campeonato, apesar da época ainda estar muito no início. Pois perdi muitos pontos em provas anteriores”.

Andreas Mikkelsen, o terceiro homem da Volkswagen, considera que a troca de navegador – agora tem Andreas Jaegger no banco da direita do seu Polo R WRC – “correu de forma muito natural. Claro que nos primeiros ralis houve um período de adaptação, mas agora é tudo normal”.

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Da mesma forma Mads Ostberg considera que passar a ter o ex-navegador de Mikkelsen, Ola Floene, a seu lado, também foi um processo muto suave: “Já se sabe, no começo foi um período de transição, mas eu já conhecia o Ola há algum tempo e foi rápido o entrosamento”, explica o norueguês da M-Sport.

Kris Meeke regressa ao WRC e ao Rali de Portugal com boas sensações. “Este é um rali de que gosto bastante. Penso que é um tipo de prova que se encaixa bem nas minhas características, mas não deixa de ser exigente”, afirma o britânico da Citroën.

Ao nível do WRC2 Gwidaf Evans tem de ser considerado favorito, atendendo ao fez nas primeiras provas da temporada e a vitória está nas intenções do galês da M-Sport: “Não estaria a ser verdadeiro se não assumisse que venho para ganhar. Mas não será fácil. Claro que é um tipo de prova de que gosto, mas a concorrência vai ser forte”.

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Evans não o assumiu, mas é sabido que os pilotos da Skoda serão os seus mais sérios adversários no WRC2, sobretudo o experiente Jan Kopecky. O checo não nega que quer lutar pela vitória: “Vamos ver. Não fiz muitos ralis de terra nos últimos tempos, por isso não sei bem o que esperar. Mas estou disposto a dar o meu melhor para tentar vencer. O Fabia R5 tem capacidades para o fazer desde que não dê grandes problemas”.

Já para Nicolas Fuchs o Rali de Portugal é uma descoberta. “Não conheço muito bem a prova mas parece-me ser muito parecido com a Argentina. Para mim será já muito bom terminar no top cinco dos WRC2”, afirma o peruano que alinha num Skoda Fabia R5 privado.

Fotos:: Ricardo Cachadinha

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