Qual a urna mais adequada para o magnata que fez fortuna com a patente da cafeteira italiana, também conhecida por moka?
O funeral de Renato Bialetti ficou marcado pela cafeteira gigante onde repousam para todo o sempre as cinzas do ‘magnata do café’, como era conhecido o empresário italiano.
Renato era herdeiro de Afonso, o homem que em 1933 comprou ao inventor Luigi di Ponti a patente de uma cafeteira de alumínio de formato octagonal, influenciada pelo design art-deco.
Tal coincidiu com a ascensão de Mussolini ao poder e ‘il duce’ era um fervoroso defensor do “metal nacional”, tendo a Itália importado gigantescas quantidades de aço.
A Moka Express, também conhecida por cafeteira italiana, tornou-se num sucesso de vendas, com mais de 10 mil unidades a serem vendidas nos anos que antecederam a II Guerra Mundial.
Já com Afonso perto da morte, Renato Bialetti assumiu o negócio da família e desenvolveu uma forte aposta na publicidade e no marketing, levando a moka a todo o mundo.
A cafeteira tornou-se num símbolo do design e está agora exposta em várias coleções, como nas do Museu de Arte Moderna Cooper Hewitt, do Museu do Design do Smithsonian o na do Museu de Londres.
No passado dia 11, Renato morreu e o funeral, realizado na Suíça, ficou marcado pela moka gigante que acolheu as cinzas do defunto.
A cafeteira foi depois trasladada para o jazigo da família, em Omegna.