Agentes comerciais da Meo utilizaram como argumento o fim do sinal analógico e venderam um produto de que a população de uma aldeia transmontana não precisava, para poder ver televisão através de TDT. Agora, estão vinculados a uma fidelização de dois anos, segundo uma reportagem da TSF.

O caso ocorreu numa aldeia Mirandela, Rego de Vide, onde cerca de 50 moradores se dizem “enganados” por comerciais da Meo. O fim do sinal analógico foi o pretexto para vender um serviço de televisão que, afinal de contas, era desnecessário.

Segundo uma reportagem da TSF, os habitantes foram informados, por parte dos comerciais, de que seria “absolutamente necessário” contratarem aquele serviço da PT, sob pena de, a partir de janeiro, deixarem de poder ver televisão, com o ‘apagão’ e obrigatoriedade do TDT.

Em declarações àquela rádio, alguns habitantes dizem que ficaram com “medo” de não poder ver televisão e, nesse sentido, decidiram comprar o produto Meo, com uma fidelização de dois anos.

A este caso de coação junta-se outro. Os vendedores da Meo terão afirmado que não existiria “outros aparelhos” disponíveis no mercado, o que não é verdade: existem os descodificadores da TDT, que não são exclusivo de nenhum operador.

Há casos em que familiares dos habitantes lançaram um alerta, mas a pressão dos vendedores foi mais forte. O resultado foi a compra de um serviço desnecessário, com período de vinculação de dois anos.

Em declarações à TSF, Tito Rodrigues, jurista da DECO, a população poderá agora avançar com uma queixa, por “uma prática comercial que não foi leal”.