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António Mendonça: “País perdeu muitas centenas de milhões de euros” com suspensão do TGV

alfa pendularA suspensão do TGV terá custado “muitas centenas de milhões de euros”, em verbas comunitárias que não podem ser redistribuídas, e entre 40 a 50 mil postos de trabalho, defendeu no Parlamento António Mendonça, antigo ministro das Obras Públicas.

A linha ferroviária de alta velocidade, mais conhecida pela sigla francesa de TGV, é uma das parcerias público-privadas (PPP) em análise pelo Parlamento, com a comissão de inquérito a ouvir hoje António Mendonça, antigo ministro das Obras Públicas, para apurar os motivos que levaram o Governo de José Sócrates a anular, em setembro de 2010, o concurso público para a construção do troço Lisboa-Poceirão.

“Não obstante toda a situação posterior à minha saída do Ministério, a desistência do projeto de alta velocidade terá sido um erro colossal”, considerou António Mendonça, justificando-se: “julgo que o país perdeu muitas centenas de milhões de euros”, não apenas com o troço Lisboa-Poceirão, mas com toda a rede do TGV, incluindo a terceira travessia do Tejo e a ligação a um novo aeroporto.

Só no troço Poceirão-Caia, continuou o ex-ministro, o prejuízo com a suspensão do TGV “deverá rondar os 1800 milhões de euros”, nomeadamente com financiamentos comunitários que “dificilmente poderão ser redirecionados para outros projetos”.

Aos prejuízos económicos há que somar os sociais, em especial no que concerne à empregabilidade. “Entre postos de trabalho diretos e indiretos, apontava na altura para a casa dos 40 a 50 mil empregos relacionados com a execução dos projetos”, recordou António Mendonça.

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