Movimento de ex-alunos da Universidade Lusófona junta-se para exigir esclarecimentos sobre licenciatura de Miguel Relvas. O grupo chamado “Verdade Académica” pretende saber todos os detalhes do curso do ministro, que conseguiu concluir uma licenciatura em apenas um ano. Os antigos estudantes daquela instituição de ensino superior dizem que o caso Relvas coloca em causa a “reputação de todos os que efetivamente se esforçaram”.
A polémica licenciatura de Miguel Relvas deu origem a uma onda de desconfiança entre ex-alunos da Universidade Lusófona, que pretendem saber todos os pormenores do curso superior de Relvas, conseguido com apenas quatro exames, graças a créditos conseguidos à custa da experiência profissional.
Esses antigos estudantes reuniram-se num grupo chamado “Verdade Académica”, que difundiu uma nota onde se exigem esclarecimentos. Este assunto, dizem, “coloca em causa a reputação de todos quantos, no decorrer dos seus estudos, efetivamente se esforçaram”.
Está em causa, por outro lado, “o crescimento, bom-nome e internacionalização de uma instituição de ensino superior”, como a Universidade Lusófona, que é agora suspeita de ter concedido um tratamento de benefício a Relvas.
O curso de Ciência Política que Miguel Relvas concluiu tem 36 cadeiras, mas o ministro teve créditos suficientes para garantir aprovação em 32 delas, sem que tenha de ser sujeito a qualquer exame.
Assim, terminou o curso num ano, apenas. Agora, os ex-alunos – alguns dos quais com carreiras profissionais – pretendem saber se houve tratamento de exceção para o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, na sua formação académica superior concluída na Lusófona.
Ontem, o antigo reitor da Universidade, à data em que Relvas concluiu o curso, Fernando dos Santos Neves, veio desmentir à RTP qualquer ilegalidade e revelou que esta polémica é “uma história da carochinha”. No entanto, não são conhecidos mais casos de licenciaturas terminadas num prazo tão curto.
