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ANA prejudica candidatura do Porto à Agência Europeia do Medicamento

A privatização da ANA, no final de 2012, é um dos obstáculos enfrentados pelo Porto na intenção de acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla internacional). O relatório sobre as 19 cidades candidatas refere que um dos problemas da candidatura portuguesa é a escassez de voos diretos através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

O principal problema apontado no relatório da EMA é consequência dos longos anos de ‘esvaziamento’ do aeroporto nortenho, uma estratégia da ANA que teve na luso-brasileira TAP o principal agente, com praticamente todas as rotas do Porto a terem de passar por Lisboa.

Para além da falta de ligações aéreas diretas, o relatório sobre a candidatura portuguesa indica também uma “falta de informação quanto aos edifícios propostos” para sede da EMA, algo que não preocupa os membros da Comissão da Candidatura Nacional.

“São duas pequenas questões que achamos que podemos esclarecer e transformá-las em [luz] verde”, adiantou Eurico Castro Alves, em declarações ao Observador.

Mas o relatório também destaca os pontos que favorecem o Porto como possível sede da EMA. Entre 50 a 65 por cento dos funcionários da agência (são quase 900) encaram com satisfação a hipótese de viverem na Invicta.

Sobre a “má conexão das ligações aéreas”, cuja dependência da “ponte aérea via Lisboa aumenta significativamente o tempo de viagem”, Eurico Castro Alves afirma ser “uma falsa questão”.

Há “mais de 80 voos diretos” entre o Francisco Sá Carneiro e várias cidades europeias e “são 15 minutos de carro” entre o aeroporto e a cidade do Porto. “Em Londres, a EMA fica a uma viagem de duas horas de carro”, sustenta o ex-secretário de Estado da Saúde.

No cômputo geral, o relatório coloca o Porto “no grupo dos elegíveis”. Agora o trabalho passa para a “gincana diplomática”, concluiu Eurico Castro Alves.

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