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Almaraz: Presidente do Parlamento receia que Espanha se zangue com pressão de Portugal

Ferro Rodrigues tenta apaziguar a tensão entre Portugal e Espanha a propósito da central nuclear de Almaraz. Para o presidente da Assembleia da República, “há mais vida” para além de um tema que pode provocar uma “contaminação das relações” ibéricas.

Portugal está contra a central nuclear de Almaraz, mas a nível oficial a pressão sobre Espanha tem sido pouca, de acordo com a sociedade civil.

Ideia diferente tem a segunda figura da nação. Para Ferro Rodrigues, “há mais vida nas relações luso–espanholas do que Almaraz”, como em tempos falou Jorge Sampaio sobre o défice.

O presidente da Assembleia da República teme uma possível “contaminação das relações” bilaterais se os partidos de esquerda e as organizações cívicas continuarem a exigir uma posição concreta do Governo sobre o tema.

À saída do Fórum Parlamentar Luso–Espanhol, Ferro Rodrigues assumiu que “há perspetivas muito próximas ou mesmo iguais na maior parte das questões” analisadas, mas que sobre Almaraz “não há exatamente posições iguais”.

“Aquilo que o Parlamento português pediu foi que houvesse na cimeira entre Portugal e Espanha a nível de governos a discussão desse tema. E também houve uma posição comum aprovada por unanimidade no Parlamento português”, destacou.

A homóloga espanhola, Ana Pastor, manteve o tom, lembrando que Portugal e Espanha, “mais do que vizinhos, são países irmãos”.

De acordo com a presidente do Congresso dos Deputados de Espanha, foram discutidos na cimeira temas como “questões transfronteiriças” em áreas como “energia, proteção da natureza ou infraestruturas”.

Do encontro, realizado em Vila Real, não sai qualquer declaração oficial sobre a questão de Almaraz.

Sobre energia, as conclusões apontam para “a importância de defender e promover um modelo energético sustentável, através da utilização de recursos endógenos renováveis”.

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