Os alimentos estão a ficar mais caros, alerta a FAO. De acordo com esta agência da ONU, os preços subiram 2,6 por cento em fevereiro, a maior subida em 18 meses. Ainda assim, o cabaz que serve de referência ficou abaixo do que custava em fevereiro de 2013.
O valor dos alimentos subiu 2,6 por cento em fevereiro, a maior subida mensal nos últimos 18 meses.
De acordo com a FAO, a agência das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, o valor do cabaz de alimentos definido como referência tem vindo a aumentar sustentadamente, mas ainda não custa tanto como em fevereiro de 2013.
A ‘culpa’, segundo o comunicado da FAO, está nas mudanças das condições climáticas, cada vez mais extremas, no aumento da procura e ainda na crise que se vive na Ucrânia, antigamente considerada o ‘celeiro da Europa’.
Carne é exceção
Tirando a carne, que sofreu uma ligeira queda, os preços dos vários alimentos que compõem o cabaz de referência subiram. Os preços do açúcar (6,2 por cento), óleos (4,9), cereais (3,6) e laticínios (2,9 por cento) foram os que registaram os aumentos mais expressivos.
A principal subida, no açúcar, é explicada pelos “danos causados às colheitas pelo tempo seco no Brasil e às recentes previsões de uma potencial queda da produção na Índia”.
Ucrânia e inverno
No caso dos cereais, a FAO destaca o problema na Ucrânia (um dos maiores produtores mundiais) e as recentes preocupações sobre as colheitas de trigo nos EUA, país que tem enfrentado um inverno rigoroso.
A estes fatores acrescem o aumento da procura de cereais secundários para alimentação animal e para a produção de agrocombustíveis.
Apesar da tendência de subida dos preços, a FAO salienta que o cabaz está 18,8 por cento abaixo do valor registado em fevereiro do ano passado.