Começaram a ser pagos hoje os subsídios de férias, aos a pensionistas e reformados do setor público, sendo que os acertos de IRS provocaram uma redução que atingiu os 80 por cento, nos casos mais extremos. De acordo com a Federação Sindical da Administração Pública, estas correções são “violentas”.
Já se sabia que os acertos do IRS iriam provocar reduções no pagamento de subsídios de férias a pensionistas e reformados da Função Pública. Mas esses ‘cortes’ acabaram por atingir percentagens que surpreenderam os beneficiários.
Verificaram-se reduções de 80 por cento, em alguns casos. Maria do Rosário Gama, presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE), também foi vítima desta redução, revelando à Rádio Renascença que viu o seu subsídio de férias cortado em 45 por cento.
A Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) apelidou de “violentas” estas correções no IRS, que resultam do facto de o Governo ter sido obrigado a repor os subsídios – por ordem do Tribunal Constitucional – o que tem implicação nos rendimentos anuais de pensionistas e reformados (assim como trabalhadores da Função Pública).
José Abraão, dirigente da FESAP, acusa o Governo de pôr os trabalhadores, reformados e pensionistas “a pagar, mais uma vez, os erros do Governo, ao receberem menos subsídio de férias, agora no Natal, por consequência do IRS”, refere, à Rádio Renascença.
“Os trabalhadores vão ter de pagar, desde janeiro até agora, o diferencial do IRS numa tabela que foi concebida para 13 salários e agora vão receber 14 e, portanto, há casos em que as pessoas perdem 200, 300 e 400 euros, o que é uma violência”, acrescentou aquele dirigente.
Também os trabalhadores da Função Pública serão alvo do mesmo fenómeno de ‘cortes’ nos subsídios, reduções que atingirão uma média de 35 por cento, de acordo com o bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingues Azevedo.
Durante os próximos dias o Estado continuará a pagar os subsídios de férias a reformados e pensionistas. Quanto aos subsídios de Natal, recorde-se, estão a ser pagos em duodécimos.
