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Alexis Sánchez, o deus da garra que não tinha dinheiro para comer

Alexis SánchezHoje é patrocinado pela Nike, marca de que recebe milhões e os pares de chuteiras que bem quiser, mas nem sempre a vida de Alexis Sánchez foi tão afortunada. Em tempos não havia Nike, nem dinheiro para chuteiras, nem tão pouco dinheiro para comer.

O agora avançado do Arsenal recorda por várias vezes a infância, alturas em que a mãe tinha de pedir para alimentar o sonho do filho, pois o pouco que havia era para alimentar o estômago.

Fome

Alexis Sánchez nasceu e cresceu em Tocopilla, no Chile. Foi abandonado pelo pai ainda muito novo, juntamente com os três irmãos. A mãe, Martina, ficou com a difícil tarefa de criar os quatro, numa altura em que o dinheiro não abundava.

A força e a garra que caracteriza Alexis Sánchez dentro do campo já vem de longe. Na verdade, o avançado chileno já nasceu guerreiro.

Alexis Sánchez

“Aos 6 anos ele já trabalhava. Lavava carros dos vizinhos, vendia flores, fazia de tudo para conseguir alguns trocos para a família. Nós éramos muito pobres. Por vezes ele tinha tanta fome que pedia pão aos vizinhos. Outras vezes, por algum dinheiro, praticava boxe para os entreter”, afirmou Humberto Sánchez, irmão de Alexis, numa entrevista ao The Sun em 2014.

“As dificuldades na infância é que fizeram o Alexis ter tanta força dentro do campo. Ele sabe a sorte que tem em estar onde está, mas nunca se esqueceu de onde veio. Se não fosse futebolista, provavelmente trabalhava nas minas, como a maioria dos homens em Tocopilla, ganhando 300.000 pesos (aproximadamente 400 euros)  por mês ”, acrescenta Humberto.

As chuteiras oferecidas pelo presidente

Alexis Sánchez era ainda muito jovem quando começou a dar nas vistas nas ruas de Tocopilla. O pequeno chileno foi participando em alguns torneios da zona, mas havia um problema – não tinha chuteiras, nem dinheiro para as comprar.

É aqui que entra o presidente de Tocopilla, Fernando San Roman, que após saber da história da família Sánchez ofereceu a Alexis as suas primeiras chuteiras. É o próprio a confirmar a história:

A estreia

Alexis Sánchez iniciou-se como amador no Club Arauco. Na memória dessa passagem ficou um jogo em que o jovem chileno chegou atrasado. A equipa já perdia por 1-0. Alexis entrou e marcou oito golos.

O primeiro contrato

Alexis Sánchez

Alexis Sánchez estreou-se como jogador profissional em 2004, então com 16 anos, no Cobreloa, clube chileno. A Udinese de Itália descobriu-o pouco tempo depois e contratou-o. O emblema italiano emprestou-o durante três épocas, primeiro ao Colo-Colo, depois ao River Plate. Em 2008 faz pela primeira vez parte do plantel principal da Udinese, onde viria a ficar conhecido no futebol europeu.

Alexis Sánchez

Milhões e mais milhões

Em Itália ficou apenas três épocas. Em 2011 o Barcelona pagou 37.5 milhões de euros por Alexis, que se tornou assim na maior venda da história da equipa de Udine.

Mas Alexis não ficou por aqui. Em 2014 o Arsenal pagou 42 milhões de euros ao Barcelona e levou o chileno para Londres onde é, até hoje, uma das maiores estrelas dos Gunners.

Ajuda

No Natal de 2014, Alexis voltou a Tocopilla. Na bagagem levou centenas de camisolas para oferecer às crianças, mas não só. Doou 200 mil euros à região para restaurar cinco campos de futebol onde jogou em pequeno.

Hoje com 27 anos, dinheiro não é problema para Alexis Sánchez. Mas a memória não se apaga, e ele também não a quer apagar, porque de Tocopilla a Londres a viagem foi dura, muito dura.

Histórias da Bola é uma rubrica PT Jornal onde são contadas as mais incríveis e fascinantes histórias do mundo do futebol. Veja outras aqui.

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