A possibilidade de Renato Seabra se tornar violento e agredir um ou mais guardas levou o tribunal a autorizar a ausência do réu, no processo do homicídio de Carlos Castro. Hoje é ouvida a última testemunha e devem ter início as alegações finais.

“Só à força” é que Renato Seabra se volta a apresentar em tribunal, no processo em que é acusado de ter assassinado o ex-namorado e cronista social Carlos Castro. O antigo modelo tem-se recusado a voltar às sessões e a defesa pediu que fosse dispensado de assistir, pedido aceite pelo juiz do Supremo Tribunal de Nova Iorque dado o receio pela integridade física dos guardas.

Nas últimas sessões, os incidentes provocados pelo réu, acusado de matar e mutilar o corpo de Carlos Castro em janeiro de 2011, têm vindo a aumentar. Os gritos e provocações foram justificados por Renato Seabra e pela defesa como um efeito dos medicamentos.

Como o processo se aproxima do fim, o tribunal autorizou a ausência nas próximas sessões. Hoje é ouvida a última testemunha, o psiquiatra Roger Harris, convocado pela defesa. O especialista vai tentar demonstrar que Renato Seabra não teve consciência dos atos, o que contradiz as notas da avaliação, como notou a procuradora: no relatório para o hospital Bellevue, Harris referiu que o ex-modelo cortou os pulsos por “instinto animal” e não como tentativa de suicídio. Para a acusação, essa alegada tentativa de suicídio foi uma evidência da consciência de culpa.

Dado o desenrolar do processo, as alegações finais devem iniciar-se ainda hoje, se tudo correr como o previsto.