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Aldeias de Crianças SOS celebram 48 anos em Portugal

aldeia_sosAs Aldeias de Crianças SOS celebram, a 25 de março, 48 anos de existência em Portugal. Amor e um lar para cada criança é o princípio orientador de toda a atividade desta associação, que atualmente acolhe cerca de 120 crianças e jovens.

Existem cerca de 500 Aldeias de Crianças SOS em todo o mundo, que oferecem um lar a 62 mil crianças. Estas associações têm marcado a diferença em Portugal, pelo seu modelo único de acolhimento de crianças.

Graças ao mesmo, cada criança é integrada numa família SOS com os seguintes princípios: estando ao cuidado de uma mãe social, todas as crianças vivem como irmãos e irmãs, sendo que os irmãos naturais ficam sempre juntos na mesma família SOS. Desta forma, cada família cria o seu próprio lar e fica inserida numa comunidade – a Aldeia SOS.

Existem três aldeias, situadas em Bicesse, Vila Nova de Gaia e Guarda, e dois apartamentos de autonomia em Rio Maior e Alcântara, constituídas por grupos de famílias SOS, que vivem em conjunto, num ambiente de convívio e apoio mútuo.

Nestas aldeias, todas as famílias têm a sua própria casa, com a sua rotina e ritmo. Assim, as crianças aprendem a partilhar responsabilidades, ao mesmo tempo que desenvolvem laços familiares duradouros.

Esta atividade é complementada, em certos casos, por Programas de Fortalecimento Familiar, nos quais são assistidas 286 mil crianças. Um conjunto de 2000 equipamentos (jardins de infância, lares de jovens, escolas, centros sociais e médicos) prestam auxílio a mais de 2,2 milhões de beneficiários em 133 países.

Recentemente, e alinhando-se com a estratégia internacional, as Aldeias de Crianças SOS adotaram, também como forma de atuação, um Programa de Fortalecimento Familiar, que tem como objetivo a prevenção da institucionalização das crianças em risco.

Com este programa pretende-se dotar os pais com as competências parentais necessárias para garantir a permanência dos seus filhos no seio familiar natural. Desta forma, muitas crianças passam a poder permanecer com a sua família natural, sendo-lhes dado todo o apoio e acompanhamento por uma equipa técnica multidisciplinar por parte das Aldeias de Crianças SOS.

A primeira Aldeia de Crianças SOS no mundo foi fundada em 1949, em Imst na Áustria, por Hermann Gmeiner, com o objetivo de acolher as crianças órfãs e desprotegidas vítimas da II Guerra Mundial. Tal como aconteceu noutros países, o conceito chegou também a Portugal e foi acolhido em 1964 por Maria do Céu Correia e Palmira Matias, que adotaram o modelo de acolhimento internacional, adaptando-o à realidade Portuguesa.

Sendo uma das maiores organizações mundiais no apoio a crianças e jovens em risco, as Aldeias de Crianças SOS Internacional têm tido um estatuto especial de consultora junto do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), desde 1995.

Este estatuto, atribuído a organizações não governamentais que partilham objetivos comuns com as Nações Unidas, permite-lhe dar contributos essenciais para o trabalho das Nações Unidas no que respeita aos direitos das crianças.

A organização Aldeias de Crianças SOS Internacional, através da advocacia dos direitos das crianças com as Nações Unidas, contribui para o estabelecimento dos guias internacionais de atuação neste campo, por esse órgão.

Esta organização faz parte da liderança do NGO Group para a Convenção dos Direitos das Crianças (Genebra), do NGO Group para o Conselho dos Direitos Humanos (Genebra) e do NGO Committee para a UNICEF (Nova York).

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