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Fillon sustenta que França “não tinha direito” de deter Merah antes dos atentados de Toulouse

francois_fillonFrançois Fillon, primeiro-ministro de França, argumenta que o registo criminal de Mohamed Merah não permitia às autoridades proceder a uma detenção. A polícia “não poderia suspeitar” de que o homicida pudesse ter levado a cabo um atentado com estas dimensões.

O chefe de Governo, François Fillon, rebate críticas sobre a liberdade que o homicida gozava, em França, apesar de se tratar de alguém com alegadas ligações à al-Qaeda e ter no seu registo criminal outros delitos menores.

Em declarações à RTL, Fillon refere que as autoridades “não dispunham de quaisquer elementos que pudessem levar à detenção” deste suspeito de ligações a uma organização terrorista como a al-Qaeda.

“A França não tem direito de vigiar ninguém, a menos que haja decisão judicial nesse sentido”, refere Fillon, que elogia os serviços secretos que conseguiram identificar Mohamed Merah, aquando das suas viagens recentes a países com ligações à al-Qaeda: Paquistão e Afeganistão.

François Fillon sublinha o facto de, ao que tudo indica, Mohamed Merah ter atuado sozinho, nos ataques que fez contra militares e civis. Recorde-se que Merah disparou contra uma escola judaica de Toulouse e matou três crianças (de 3, 6 e 10 anos) e um professor (de 30 anos).

Noutro ataque, antes, matara três militares. Nos dois casos, seguia de moto e disparou indiscriminadamente. Consigo transportava uma câmara que lhe permitiu gravar a cena, segundo garantem algumas pessoas que assistiram aos crimes.

O criminoso acabou morto pelas autoridades francesas, que invadiram o apartamento onde Merah se encontrava barricado. Surgiram informações contrárias sobre a causa da morte: primeiro, a morte por suicídio, mas depois fontes do Governo adiantaram que a polícia disparou contra o homicida.

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