Nos 15 anos que durou a pesquisa, metade foram maus, em que “a abundância” de alimentos foi “menor”, e apresentaram uma diferença acentuada perante os anos bons, “quando o oceano Antártico está a funcionar de uma maneira normal, em que há muito gelo, muitas algas, muitos peixes e os animais de topo reproduzem-se bem”. “Se todos os anos forem maus”, devido aos efeitos do aquecimento dos mares, o perigo de extinção dos albatrozes de cabeça cinzenta agrava-se.
Este predador é ainda um ‘alerta’ para o excesso de atividade humana a nível da pesca, pois “se eles não conseguem encontrar” comida, sendo um predador de topo, “significa que não existem alimentos suficientes no mar”, concluiu o biólogo marinho.
Para José Xavier, urge “perceber que os recursos são finitos e que é preciso gerir o ambiente de acordo com as limitações do planeta”. Para isso, será necessário conseguir “prever o que poderá acontecer noutras regiões e perceber como é que outros oceanos podem funcionar melhor no futuro”.