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Albatrozes de cabeça cinzenta em extinção: Aquecimento do mar é um risco para o predador do Antártico

albatroz cab cinzentax210albatroz cab cinzentaUm dos maiores predadores do Antártico está em risco de extinção. Um estudo promovido pelo Instituto do Mar da Universidade de Coimbra demonstrou que os albatrozes de cabeça cinzenta não conseguem adaptar-se à subida da temperatura do mar.

Um dos grandes predadores dos mares do sul está em risco de extinção. Os albatrozes de cabeça cinzenta, aves marinhas do oceano Antártico, não conseguem encontrar alternativas às mudanças na cadeia alimentar provocadas pelo aquecimento das águas. A falta de alimento pode condenar esta espécie à extinção, como alerta um estudo do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra, realizado em conjunto com o Centro Britânico de Pesquisas do Antártico.

“Descobrimos que um predador de topo muda a sua dieta e tenta arranjar soluções para o problema, mas sem sucesso”, explicou José Xavier, investigador que liderou a investigação na Antártica nos últimos 15 anos na Antártica. Citado pela Lusa, o biólogo marinho reforçou que as aves “não conseguem encontrar comida suficiente para alimentar os filhotes e, consequentemente, fazer com que a sua população se mantenha”.

O risco tem vindo a agravar-se desde que, em 2000, o oceano Antártico atingiu a temperatura mais quente de sempre. “Quando o oceano está a aquecer demasiado, o efeito das temperaturas vai afetar a quantidade de algas, de peixes e de toda a cadeia alimentar, desde a base até aos predadores de topo”, justificou José Xavier, lembrando que “o oceano Antártico não é homogéneo” e os efeitos sobre a cadeia alimentar variam “consoante as diferentes regiões”.

“Os albatrozes são um exemplo de predador de topo, como as baleias, as focas e os pinguins, que nos podem levar a perceber como é que estes animais se podem adaptar às condições climáticas e ao oceano Antártico que está a funcionar mal”, justificou o investigador.

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